24 de fevereiro de 2011

VANISHING POINT - THE J.B.PICKERS

Para você que é fanático por trilhas sonoras, eis aqui uma obra prima rara, recebo vários pedidos para que criássemos um setor no blog tratando só de Trilhas Sonoras, então resolvemos iniciar com Vanishing Point - 1971.Para muitos brasileiros, bastam alguns instantes da música “Freedom of Expression”, de Bowen, para que os neurônios comecem a se agitar: diretamente de um dos melhores momentos do filme, seu poderoso ataque instrumental de guitarras invocadíssimas virou música-tema do programa Globo Repórter.

Vanishing Point é o filme americano perfeito para 1971. Kowalski é um perdedor, ex-fuzileiro no Vietnã, ex-piloto de provas e ex-policial, expulso da corporação com desonra. Ele tinha uma namorada surfista que se afogou no mar, e agora é um entregador de carros que aceita levar um Dodge Challenger 1970 de Denver, no Colorado, para São Francisco, na Califórnia. Kowalski tem 15 horas para ganhar uma aposta e vai para a estrada. Vanishing Point é um road movie. Um filme B, de orçamento barato, despretencioso e clássico. Kowalskidirige dia e noite, tomando benzedrina e lembrando do que deixou para trás; a namorada antes da morte inexplicável, fracassos e uma vida sem sentido.Nada parece justificar a motivação da personagem. É mais do que uma aposta e Kowalski sabe disso. A sua vida está naquela estrada, por isso ele segue em frente, sem respeitar limites de velocidade, ordens e barreiras montadas para detê-lo, inutilmente. Kowalski acelera e passa a ser alvo da polícia rodoviária, que o persegue de um estado para outro. No caminho, dá de cara com o que sobrou do sonho libertário da década anterior: hippies místicos pregando no deserto, uma motoqueira nua e misteriosa, um vendedor de cobras que o ensina a sair do deserto de Nevada, quando fica sem gasolina, e um DJ de uma rádio local. Super Soul é negro e cego, outro segregado na América de sonhos e oportunidades que não se realizaram - como Kowalski. O DJ capta pelo rádio as ordens policiais contra Kowalski, e passa a orientá-lo sobre todos os passos dos tiras raivosos e frustrados que estão na sua captura. O DJ dedica músicas a Kowalski e fala aos seus ouvintes sobre "a última alma livre de todo o planeta, o último herói livre da América, o centauro elétrico caçado pelos azulões fascistas e corruptos".

A polícia descobre que a sua primeira suspeita é infundada. O carro de Kowalski não é roubado. Super Soul pergunta: O que ele quer provar agora? Kowalski não quer provar nada. Não há o que provar em um jogo perdido, mas é preciso ir até o fim. A mídia interessa-se pela perseguição e passa a acompanhar o caso. O DJ é entrevistado, defende Kowalski e sua estação de rádio é destruída por policiais. Na última transmissão, Super Soul entende o “desejo de velocidade do infrator como a condição de liberdade da alma”. Perto de São Francisco, a polícia monta uma barreira na estrada com motoniveladoras, viaturas, helicópteros e um imenso aparato para pegar Kowalski. Jornais e emissoras de todo o país também estão presentes, além de uma infinidade de curiosos. Kowalski diminui e encara o espetáculo que está à sua espera. Ele não tem saída, é o que todo mundo pensa. É o ponto alto do filme.

A metáfora para o início dos anos 70 na América é perfeita: o fim do sonho no meio de uma guerra distante, além dos conflitos interiores de um desajustado – sempre uma personagem interessante na ficção norte-americana. Os 60 fracassaram, como Kowalski – e não era hora de um individualismo tão inesperado e transgressor. Ninguém sabia o que poderia acontecer depois da turbulência dos sixties. Vanishing Point é o lado B de Easy Rider, dirigido por Dennis Hopper em 69, e de Zabriskie Point, de Michelangelo Antonioni, de 70 – que já tinha feito Blow Up em 66. É o cinema que colocou o ponto final nos anos 60.

Vanishing Point passou no Brasil com dois títulos: Corrida Contra o Destino e O Último Herói da América. Era um filme fácil de ver na programação que encerrava a madrugada da TV Globo. Depois parou de passar. Outro dia via uma refilmagem para a TV, com Viggo Mortensen (O Senhor dos Anéis) como Kowalski e Jason Priestley como o DJ. É claro que o original, dirigido por Richard Sarafian em 71, com Barry Newman como Kowalski e Cleavon Little no papel de Super Soul, é insuperável. Recentemente, anuncia-se uma nova refilmagem de Vanishing Point, dirigido por Samuel Bayer, o mesmo diretor que fez o clipe de Smells Like Teen Spirit, do Nirvana. É esperar para ver, não sem antes conhecer o original de Sarafian, lançado em DVD em 2004.
A trilha sonora de Vanishing Point é memorável, com temas obscuros de country music, soul,gospel, rock e funk. No inícios dos 70, quase tudo era obscuro. Vanishing Point é um filme tão inspirador que foi responsável por um clássico da melhor banda inglesa dos anos 90. O Primal Scream lançou em 97 um disco com o mesmo nome do filme. A banda do freakBobby Gillespie fez uma homenagem à transição dos 60 para os 70 influenciada pelo filme de Sarafian. A música Kowalski é uma avalanche sonora que começa com uma das últimas perguntas do Super Soul: a questão não é o que poderá detê-lo, mas quem poderá detê-lo ? Éa mesma atmosfera chapada dos anos 70, apesar dos anos politicamente corretos que antecederam a virada para o novo milênio. O Primal Scream nunca ligou para isso, por isso é uma banda de respeito. O Audioslave também dedicou uma música a Vanishing Point,Show Me How To Live. Se alguém mostrar a você como viver, acredite e vá em frente, como Kowalski. O fim nunca se sabe, mas sempre achei que Kowalski sabia...

Fonte: http://ivanova.multiply.com
Abaixo cenas do filme: Vanishing Point - Freedom of Expression
                                              

 Em 1972 quando foi posto no ar pela primeira vez o programa Globo Repórter, se sonhava com um programa de notícias e reportagens sérias que pudesse cativar interesse tanto do povão como dos mais letrados. O que não se imaginava era o sucesso que seu tema principal, um número encontrado apenas em uma trilha sonora de um filme B americano, faria.
Durante os primeiros anos do programa, o tema era a versão original do instrumental "Freedom of Expression," executado pelo desconhecido conjunto chamado The J.B. Pickers. Hoje, quase trinta anos mais tarde, o programa Globo Repórter continua utilizando o mesmo tema, apenas agora em uma versão caseira executada por um sintetizador, versão no ar desde a década de oitenta.
Quem poderia adivinhar que um tema tão pouco conhecido no seu país de origem, pudesse cativar quase toda uma nação que imediatamente associa aquele baixo e guitarra pulsantes com as urgentes reportagens a serem exploradas pelo programa? E de 1972 para cá se criou a grande curiosidade em alguns de saber, que banda é essa? Chutavam alguns se tratar de Pink Floyd, em algum trabalho raro que nunca chegou a ser lançado em um de seus discos oficiais. Quando o filme "The Vanishing Point" contendo a honrosa faixa "Freedom of Expression", teve sua trilha sonora lançada no Brasil, pôde-se conferir a autoria aos anônimos The J. B. Pickers.
Continuava a duvida, quem são esses J. B. Pickers? Não constam em catálogo algum de discos, tampouco nenhuma enciclopédia de rock faz qualquer menção a essa banda. Passaram alguns a especular se J. B. não seria Jeff Beck? Até mesmo hoje em dia, com a conveniência da internet, se fizer uma busca sobre The J B Pickers, tudo que irá encontrar é a menção ao filme Vanishing Point ou outros internautas, curiosamente perguntando também o que se sabe a respeito desta banda. Afinal, quem são esses ilustres desaparecidos? Pois bem, vamos então matar a charada agora para vocês.
The J. B. Pickers não existe. É um nome fictício utilizado então exclusivamente na gravação de duas faixas deste filme, The Vanishing Point. Seus músicos são contratados de estúdio e não há disponível no momento a relação de seus nomes. Posso comentar apenas sobre a autoria do tema, seu idealizador, J. B., ou seja, Jim Bowen.
Jim Bowen nasceu em Santa Rita, Novo México, em 1937, mas foi criado em Dumas, no Texas, desde os oito anos de idade. Mal sabia tocar seu baixo quando em 1957 sua banda de rockabilly, The Orchids, chamou a atenção de Roy Orbison. Este por sua vez, facilitou o contato com Norman Petty que organizou uma sessão de gravação em Clovis, Novo Mexico. Lá gravaram duas faixas, "Party Doll" cantando o colega Buddy Knox e "I'm Stickin with You" com ele, Jimmy Bowen. As duas canções ganham co-autoria Knox-Bowen e o compacto, lançado pelo pequeno selo Triple D, imprime em cada lado o crédito Buddy Knox & the Rhythm Orchids e Jimmy Bowen & the Rhythm Orchids. Inesperadamente, o compacto se torna um sucesso entre as rádios da região.
Sempre alerta ao que estava acontecendo na música pelo país, o famoso DJ Alan Freed acabou ouvindo e colocando o compacto em sua programação. Uma vez em Nova York, The Rhythm Orchids tiveram a oportunidade de participar de alguns dos Rock and Roll Shows promovidos por Freed, o que atraiu o interesse de Morris Levy da gravadora Roulette Records em contratá-los. Se tratando de um conjunto de rapazes jovens, caipiras do interior, podem imaginar o choque cultural que não deve ter sido estar em Nova York dividindo as atenções com gente como Little Richard, cuja homossexualidade chocou a todos. Igualmente difícil imaginar os rapazes tentando tratar das negociações de contratos com executivos de gravadoras da 'cidade grande'. Levy amarrou o conjunto em um contrato desfavorável e obrigou-os a cumprí-lo. Ele dividiu a banda em duas, e lançou simultaneamente compactos com Buddy Knox & the Rhythm Orchids e Jimmy Bowen & the Rhythm Orchids.
Enquanto "I'm Stickin with You" de Jimmy Bowen & the Rhythm Orchids só chegou a No.17, "Party Doll" de Buddy Knox & the Rhythm Orchids chegou a No.1. De fato, Buddy Knox era infinitamente melhor músico e cantor, e sua carreira dentro dos três anos de contrato com a Roulette Records lhe rendeu outros hits entre as vinte mais das paradas de sucesso. Jimmy Bowen pelo contrario, apesar de lançar onze compactos até janeiro de 1960, o fim de seu contrato de artista com a Roulette, jamais conseguiu colocar outra canção entre os vinte mais.
Contudo, Bowen se interessa cada vez mais por produção de discos e embora ocasionalmente lançando seu próprio material conforme exigia seu contrato, passou também a produzir para outros artistas dentro da Roulette Records. Seu trabalho deve ter agradado, pois Frank Sinatra o chama para trabalhar com ele na Reprise Records. Desta maneira, aos vinte e cinco anos, a sua carreira como produtor deslancha. Bowen consegue colocar Sinatra e seus amigos novamente nas paradas de sucesso durante a década de sessenta. Agradar Frank Sinatra sempre confere um selo de qualidade para qualquer currículo. Principalmente porque Sinatra nem sempre quer ouvir uma opinião desfavorável, portanto ai de você se algo não der o resultado esperado.
Com competência, Jimmy Bowen produziu uma sucessão de bons discos que venderam bem, de artistas como Sammy Davis Jr., Dean Martin, Nancy Sinatra e Bert Kaempfert. Depois da passagem pela Reprise, trabalhou para a Capitol, MGM, Elektra/Asylum, e MCA.
Na década de setenta, foi responsável pela supervisão de sua primeira trilha sonora, o filme "The Vanishing Point." Na trilha, além de artistas consagrados como Mountain e Big Mama Thorton, há três faixas compostas por Jimmy Bowen. Um tema incidental chamado "Love Theme" que é creditado ao Jimmy Bowen Orchestra & Chorus, e dois temas, o funkão "Super Soul Theme" e o rock pauleira, "Freedom of Expression" creditados ao The J.B. Pickers. Outras participações em trilhas sonoras incluem os filmes "Smokey & the Bandit 2" de 1980, "Slugger's Wife" de 1985, e a trilha sonora da peça teatral "Big River" em 1988.Na década de oitenta em diante, Bowen passou a trabalhar cada vez mais com música country, fixando-se em Nashville e segundo alguns, contribuindo para baratear os custos de produção, utilizando uma política austera de investir apenas em artistas que seguramente vendem. Durante a segunda metade da década de setenta ele gravou artistas do quilate de Glen Campbell e Kenny Rogers. Na década de oitenta, gravou Conway Twitty, Hank Williams Jr., George Strait, Steve Wariner, Steve Earle, The Oak Ridge Boys, Kim Carnes, Reba McEntire e Garth Brooks. Nos anos noventa, produziu discos de Andy Williams, Chris Le Doux, The Pirates of Mississippi, e Willie Nelson entre outros.Jimmy Bowlin, Gary Reece, Ron Lane, John PennellDestes, Bowen se desentendeu com Garth Brooks, que de jovem e submissa revelação, cresceu para se tornar um super astro do country, e portanto ganhou autonomia para sustentar suas próprias decisões. Jimmy Bowen acabou nutrindo um câncer e deixou a gravadora, inicialmente pensando em se aposentar. Hoje, ele volta a tocar como músico em sua banda de bluegrass, Jimmy Bowen & the Santa Fe, formados por Jimmy Bowen no mandolin, Gary Reece no banjo, John Pennell no Baixo e Ron Lanena na guitarra.

Fonte: http://whiplash.net

22 de fevereiro de 2011

Professor multidisciplinar leva arte  ao Bandeirantes
Versátil, ele dá aulas de biologia, filosofia e história da arte e teve viagem à Itália durante o doutorado bancada pela escola
Arquivo Pessoal

21 de fevereiro de 2011 | 22h 30
Multidisciplinaridade é uma das palavras de ordem do ensino hoje. Mas são raros os professores que encarnam esse conceito tão bem quanto Regis Lima, de 45 anos, há mais de 20 no Colégio Bandeirantes. Ele ensina biologia e filosofia para o ensino médio e história da arte num curso optativo da escola - também dá aulas de filosofia da ciência na Universidade Metodista. "Às vezes os alunos se admiram de eu dar matérias tão distintas. Mas isso só pode tornar a aula mais interessante." Filho de professores, formado em Biologia, Regis tem mestrado em Psicologia e doutorado em Filosofia da Arte. Neste último caso, o Bandeirantes bancou uma viagem para a Itália, o que lhe permitiu pesquisar em 11 bibliotecas do país para preparar o doutorado.
Regis é deficiente físico - nasceu sem os braços. Por isso cursou a 1.ª série do ensino fundamental na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). Já no ano seguinte, foi transferido para um colégio estadual, porque a equipe da AACD julgou que ele se adaptaria bem à rede pública. "Deficiente ou não, a pessoa precisa ver se leva jeito para o que quer fazer. Tem de ir atrás e vencer os obstáculos."
Regis tirou de letra a escola até o ensino médio, quando se matriculou no próprio Bandeirantes. "Era tudo era muito fácil intelectualmente", diz. "Mas aqui tive a dificuldade que todo aluno enfrenta, porque o colégio é puxado."
Nas aulas, em especial as de história da arte, Regis usa um projetor, permite consultas à internet e estimula o debate entre os alunos. "Preparo até o segundo terço da aula, aí continuo com as questões que os alunos levantam. Eles vão trazendo outros exemplos e as discussões fluem", diz.
Muitas vezes é a arte que vai à escola. Regis leva grupos de músicos ao colégio e os alunos aprendem sobre o funcionamento dos instrumentos, ouvem canções e leem poemas. "Não precisamos ficar só nas artes clássicas. Fomos à Bienal no ano passado e à exposição de Andy Warhol na Pinacoteca."
Mas história da arte não é um tema enfadonho para jovens que vivem grudados nas redes sociais? Regis garante que não. Sua fórmula de ensino faz sucesso. Inspirada pelas aulas, uma ex-aluna do Bandeirantes que hoje cursa História na PUC-SP passou sete meses em Paris trabalhando como guia no Museu do Louvre. "Tem aluno que faz o curso extracurricular até seis vezes", diz o professor. "Eles ficam malucos." 



Fonte: Felipe Mortari/JT



Negociação do Belas Artes é reaberta
22 de fevereiro de 2011 

Uma nova reunião sobre o destino do Cine Belas Artes reabriu ontem a negociação entre os proprietários André Sturm (do cinema) e Flávio Maluf (do imóvel). A previsão é que o cinema, que funciona na Rua da Consolação desde 1943, feche suas portas nesta quinta-feira, dia 24. As conversas haviam sido encerradas no último dia 17, quando a proposta de R$ 85 mil de aluguel por parte de Sturm não foi aceita – Maluf já recebeu uma oferta de R$ 150 mil de outra empresa, e quer do Belas Artes algo próximo ou igual a esse valor. Agora, Sturm tem até amanhã para dar um novo lance.
“Há interesse das duas partes em melhorar as condições inerentes ao negócio”, afirmou Fábio Luchesi Filho, advogado de Flávio Maluf, logo após a reunião. Além do valor do aluguel, o dono do imóvel lida ainda com outra questão: a abertura do processo de tombamento do Belas Artes no dia 18 de janeiro pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico de São Paulo (Conpresp). Com isso, o imóvel não pode passar por reforma sem autorização prévia do órgão municipal, o que dificulta a venda para uma loja, por exemplo.
Agora declarado o interesse de Maluf em manter o cinema funcionando no seu prédio, resta a André Sturm tentar, até amanhã, um incremento no valor do patrocínio oferecido para o Belas Artes.“Eles querem uma proposta maior da nossa parte, o que não é muito viável”, diz Sturm, que não revela o nome do provável novo patrocinador. O anterior, de 2004 a 2010, era o HSBC, que também deu nome ao cinema.

Fonte: Nataly Costa/JT



19 de fevereiro de 2011

1001 livros para ler antes de morrer
Se eu tivesse trabalhando comigo, nas livrarias, a exata quantidade de pessoas que, em algum momento, quer de brincadeira ou mesmo seriamente, me perguntaram se não haveria alguma vaga para elas, seria, sem dúvida, um dos maiores empregadores do Brasil! E estaria, certamente, falido em pouco tempo.

Isto porque não haveria livro suficiente capaz de fazer frente à folha de pagamentos que eu teria. Ainda mais num país como o nosso, em que os encargos sociais cobrados são uma verdadeira punição àqueles que geram empregos.

Eu entendo perfeitamente esta espécie de “encantamento generalizado” que há pelo ambiente em que trabalho e pelo produto principal com que lido. E não nego que seja muito gratificante, sobretudo no âmbito da realização pessoal.

Quanto ao aspecto econômico do trabalho, reconheço que com ele se vive dignamente. Contudo, eu seria capaz de relacionar, no mínimo, umas duzentas outras atividades mais recompensadoras neste quesito.

Em resumo, digamos que vender livros proporciona o enriquecimento do espírito e a fartura de bons relacionamentos, muito mais do que qualquer outro ganho material. Por isso, o idealismo é um insumo indispensável na composição de um autêntico livreiro.

Isto porque o aparente “romantismo” do ofício esconde alguns pontiagudos espinhos que só mesmo embrenhando-se no dia a dia do ramo para se conhecer e sentir. Um deles pode ser exemplificado numa piada conhecida no ramo, que diz que no Brasil há mais editoras do que livros.

Exageros à parte, a verdade que a piada carrega consigo é que há editoras com um catálogo tão reduzido e com uma estrutura comercial tão pequena, que por vezes a localização e a compra de um título, para atender à necessidade de um cliente, chegam a ser “feitos épicos”.

Há também o irritante, inexplicável e recorrente caso de títulos que, apesar de constarem como sendo dos mais lidos e procurados, passam longos e longos períodos sem edição ou até mesmo sem editora. O amigo leitor consegue imaginar o quanto é difícil e patético para nós explicarmos tamanha sandice? E mais, conseguir não nos associarmos a ela?

O que certamente nos mantêm firmes e convictos em nossa dedicação, passando por cima destes e de tantos outros obstáculos, é exatamente o livro.

Este objeto milenar, que pouco mudou suas características básicas em centenas de anos de existência, tem, indiscutivelmente, poderes mágicos. Ele é capaz de aproximar povos que, geograficamente, vivem a centenas de quilômetros de distância uns dos outros. Ele expõe e revela as mais variadas culturas, e emociona com dramas que provam que sentimentos não têm nacionalidade e muito menos bandeira.

O livro pode nos transportar no tempo e no espaço, nos trazer lembranças e despertar saudades. Ele nos faz companhia na solidão e, como se espera de um bom amigo, pode até mesmo “cutucar-nos” em nossas culpas e erros.

Preciosidade como poucas que o homem foi capaz de criar, o livro merece todo o respeito e o zelo, além de muito mais dedicação e reverência que eu e todos os demais livreiros do mundo, juntos, somos capazes de lhe prestar.

O livro que eu vou sugerir como leitura nesta semana não se trata de um romance nem de um policial, mas sim de um grande e completo guia com mais de mil sinopses de grandes obras da literatura mundial (nacional e internacional), além de uma pequena biografia de seus autores.

Trata-se de “1001 livros para ler antes de morrer” (Edit. Sextante – 960 pág. – R$ 59,90)

Ele reúne diversas obras de ficção, desde “Dom Quixote”, de Cervantes; “Os Lusíadas”, de Camões, até “Almoço nu”, de William Burroughs, e “Tudo se ilumina”, de Jonathan Safran Foer.

Neste livro, o leitor encontrará títulos dos mais diversos estilos e para todos os gostos. Com resenhas elaboradas por uma equipe de escritores, críticos literários e jornalistas internacionais, este livro pretende guiar o leitor pela história da literatura mundial. E, objetivando dar destaque à produção literária de língua portuguesa, a obra inclui ainda nomes como Aluísio de Azevedo, Lima Barreto, Lygia Fagundes Telles e Mia Couto

Uma boa leitura e um excelente final de semana!

                 Agradecimentos: Livraria Eureka
(O autor do texto  é proprietário da Livraria Eureka) 

Abaixo vai o resumo da própria editora:
A arte de contar histórias é intrínseca à natureza humana – seja para transmitir conceitos morais, registrar acontecimentos históricos, relembrar a vida de uma grande personalidade, por puro entretenimento, ou, como Sherazade, para viver por mais um dia.

Desde As mil e uma noites, as narrativas de ficção exercem grande fascínio e influência sobre as pessoas. Seduzidos pela leitura, inúmeros jovens descobriram seu talento e se tornaram escritores. Livros inspiram outros livros numa progressão tão espantosa que fica difícil para qualquer um acompanhar todas as opções disponíveis.
1001 livros para ler antes de morrer reúne algumas das obras de ficção de maior impacto da história. De clássicos como Dom Quixote, de Cervantes, e Os Lusíadas, de Camões, até os mais recentes e inovadores, como Almoço nu, de William Burroughs, e Tudo se ilumina, de Jonathan Safran Foer, você encontrará aqui títulos que marcaram época, dos mais diversos estilos e para todos os gostos.
Com resenhas elaboradas por uma equipe de escritores, críticos literários e jornalistas internacionais, este livro poderá guiá-lo pela história da literatura mundial. E, para darmos mais destaque à produção literária de língua portuguesa, incluímos nomes como Aluísio de Azevedo, Lima Barreto, Lygia Fagundes Telles e Mia Couto.
Não importa se você está escolhendo sua próxima leitura, tentando encontrar o presente ideal para um amigo ou se deseja conhecer um pouco mais sobre grandes obras e seus autores, 1001 livros para ler antes de morrer é perfeito para todos os que gostam de ler.
****
“Um país se faz com homens e livros”, declarou Monteiro Lobato. De fato, a literatura tem a incrível capacidade de moldar as pessoas e seus atos. Diversos autores consagrados, entre eles Charles Dickens, descobriram sua vocação ao serem seduzidos por uma obra de ficção. Mas é claro que não é preciso ser um grande escritor para sofrer a influência dos livros. Afinal, quem nunca se encantou com uma boa história?
Em 1001 livros para ler antes de morrer, você encontrará – apresentados por escritores, críticos e jornalistas de todo o mundo – obras, autores e personagens que povoaram a imaginação de milhares de pessoas e que, ainda hoje, estão vivos em suas memórias.
Camões, Sartre, Borges, Cervantes, Balzac, Dostoiévski e outros gigantes da literatura mundial estão representados aqui pelo melhor de sua produção. No âmbito nacional, não poderiam faltar Machado de Assis, José de Alencar, Oswald de Andrade, Clarice Lispector, Rachel de Queiroz, Jorge Amado, Chico Buarque e Cristóvão Tezza.
Do País das Maravilhas, de Lewis Carrol, ao Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, este livro o levará a uma aventura fantástica por universos inimagináveis. E o melhor é que a volta a esse mundo não precisa durar só 80 dias. Apenas sente-se confortavelmente, relaxe e deixe a imaginação levar você.


Agradecimentos, Lucien, o Bibliotecário




18 de fevereiro de 2011

Master of Classical Music
Atendendo aos pedidos de nossos amigos o Oficina 11 Artes posta aqui uma sensacional coleção de Música Erudita, esta é uma colaboração de minha amiga Mara do http://pintandomusica.blogspot.com. Trata-se de uma maravilhosa coleção de obras de compositores bem conhecidos, os mestres da música erudita. Além disso, este conjunto serve como uma ótima maneira para aqueles que desconhecem a música clássica e gostariam de ouvir e apreciar este gênero de música. No entanto, é preciso compreender que a música clássica leva tempo para ser apreciada e apenas com o passar dele, é que detectamos nuances em certas peças que não notamos inicialmente.

bach - violin concerto adagio



Tracklist
01. Eine kleine Nachtmusik: Allegro
02. Piano Concerto in A major, K 488: Adagio
03. Flute Concerto in D major, K 314: Allegro            
04. Symphony No.40 in G minor: Molto allegro
05. Clarinet Concerto KV 622: Adagio
06. Serenade, K375: Menuetto
07. Turkish March
08. Violin Concerto, K 216: Allegro
09. Divertimento, K 334: Menuetto
10. Horn Concerto, K 447: Allegro
11. Cassation, K99: Allegro 
Volume 1: Mozart
parte I    parte II

Masters of Classical Music vol 01




Tracklist
01. Overture No. 4: Rejouissance
02. Overture No. 3: Air
03. Overture No. 2: Badinerie
04. Oboe Concerto in D minor: Adagio
05. Minuet in D minor, BWVAnh.132
06. Minuet in G major, BWV Anh.116
07. Overture No.1: Passepied
08. Toccata and Fugue in D minor, BWV 565
09. lch liebe den Hochsten von ganzem Gemute: Sinfonia
10. Brandenburg Concerto No.2 in F major: Andante
11. Easter Oratorio, BWV 249: Sinfonia
12. Violin Concerto in E major: Adagio
13. Wachet auf, ruft uns die Stimme
14. Brandenburg Concerto No.1 in F major: Adagio
15. Kommst du nun, Jesu, vom Himmel herunter


Volume 2: J.S.Bach
parte I    parte II

Masters of Classical Music vol 02




Tracklist
01. Symphony No.5: Allegro con brio
02. Fur Elise
03. Violin Romance No.2
04. Moonlight Sonata: Adagio sostenuto
05. Minuet
06. Sumphony No.8 in F major: Allegretto scherzando
07. Coriolan Puverture
08. Piano Concerto No.2: Adagio
09. Symphony No.5 in C minor: Allegro
10. Egmont: Overture 



Volume 3: Beethoven
parte I    parte II

Masters of Classical Music vol 03




Tracklist
01. Die Fledemiaus (Excerpts)
- 1.1 Introduction
- 1.2 Bruderlein und Schwesierlein
- 1.3 Mem Herr, was dachten Sie von
- 1.4 Im Feuerstrom der Reben
- 1.5 Mem Herr Marquis
- 1.6 Tnnke. Uebchen
- 1.7 Finale- RTL Symphony, Kurt Redel           
02. Wine, Woman and Song
03. Tritsch Tratsch Polka
04. The Blue Danube
05. The Gypsy Baron: Introduction
06. Annen Polka
07. Vienna Blood
08. The Gypsy Baron: Einzugsmarsch 


Volume 4: Strauss
parte I    parte II

 Masters of Classical Music vol 04




Tracklist
01. Tannhauser: Overture
02. Die Meistersinger: Dance Of The Prentices
03. Die Meistersinger: Prelude Act 3
04. Die Meistersinger: Aufzug Der Meistersinger
05. Der Fliegende Hollander: Overture
06. Lohengrin: Prelude
07. Tristan Und Isolde: Prelude
08. Tannhauser: Arrival Of The Guests 


Volume 5: Wagner
parte I    parte II

Masters of Classical Music vol 05



Tracklist
01. Piano Concerto No.1: Allegro
02. String Serenade: Waltz
03. Violin Concerto: Andante
04. The Sleeping Beauty: Ballet Suite Introduction
05. Pas d'action: Adagio
06. Waltz
07. Capriccio italien Op.45
08. Scene No.10
09. Waltz
10. Eugene Onegin: Polonaise 


Volume 6: Tchaikovsky
parte I    parte II

Masters of Classical Music vol 06



Tracklist
01. The Four Seasons: "Spring"
02. Siciliano
03. Concerto for 2 Corni da caccia in F major: Allegro
04. The Four Seasons: "Summer"
05. Oboe Sonata in B flat major
06. The Four Seasons: "Autumn"
07. Oboe Concerto (Allegro non tasto)
08. Concerto for 4 Violins in E minor: Allegro assai
09. The Four Seasons: "Winter" 


Volume 7: Vivaldi
parte I    parte II

Masters of Classical Music vol 07



Tracklist
01. Scherzo No.1 in B minor, Op. 20
02. Three Nocturnes, Op. 9: No.3 in B major
03. Twelve Etudes, Op. 10: No.5 in G flat major
04. Twelve Etudes, Op. 25: No.10 in B minor
05. No. 13 in F sharp major
06. No. 14 in E flat minor
07. No. 15 in D flat major "Raindrops"
08. No. 16 in B flat minor
09. No. 17 in A flat major
10. No. 18 in F minor
11. Scherzo No. 2 in B flat minor, Op. 31
12. Waltz in E flat major, Op. 18
13. Nocturne in C sharp minor, Op. posth.
14. No.3 in A flat major
15. No 4 in B flat minor


Volume 8: Chopin
parte I    parte II

Masters of Classical Music vol 08





Tracklist
01. Ave Maria
02. Impromptu in E flat major
03. Standchen
04. Trout Quintet: Tema con variazioni
05. Entr'acte No. 1 from "Rosamunde"
06. Moment musical in A flat major
07. Entr'acte No.2 from "Rosamunde"
08. Moment musical No. 3 in F minor
09. Ballet Music No. 2 aus/trom "Rosamunde"
10. Symphony No. 6 in B minor: Allegro 


Volume 9: Schubert
parte I    parte II

Masters of Classical Music vol 09



Tracklist
01. Overture
02. Va pensiero, sull'ali dorate
03. Aida: Prelude
04. Vedi! le fosche notturne (Gypsies' Chorus)
05. Or co' daddi, ma fra poco (Soldiers' Chorus)
06. Aroldo: Overture La Traviata:
07. Prelude
08. Noi siamo zingarelle
09. Libiamo ne' lieti calici
10. Di Madride noi siam mattadori
11. La Forza del destino: Overture


Volume 10: Verdi
parte I    parte II

Masters of Classical Music vol 10

 Agragadecimentos: http://pintandomusica.blogspot.com  ( Em especial minha amiga Mara ) 
                                     Prestigiem este blog, lá você encontra tudo sobre a verdadeira música.

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